Café da manhã 1: a recepção

A baixa qualidade de serviços, falta de bons profissionais e a desatenção com o cliente parecem ter se tornado regras e não exceções na hotelaria. O crescimento da hotelaria em Ribeirão Preto esbarra com um problema grave: a escassez de profissionais qualificados.(Imagem: Orlando Ribeiro)

No último domingo de janeiro, acordei cedo e fui tomar café da manhã com meu marido em um conhecido hotel em Ribeirão Preto. Para meu espanto, logo na chegada, observei sem esforço algumas situações que não deveriam acontecer em uma empresa cujo produto principal é hospitalidade e que deveria oferecer serviços de qualidade. Em primeiro lugar, a apresentação da recepcionista não estava adequada ao ambiente. Ela usava um vestido com um decote panorâmico, seu cabelo comprido e solto estava desalinhado e suas unhas vermelhas completavam uma aparência em desacordo com o perfil de uma recepcionista de hotel. Além disso, seu mal humor era visível, não usava crachá (aliás, todos os funcionários que vi não usavam) e não sabia o custo do café da manhã para passantes. Primeiramente ela afirmou que custava R$15,00 por pessoa, mas não tinha certeza. Por fim, ligou para alguém (?) e descobriu que o custo era de R$18,00 por pessoa. Cá entre nós, pensei comigo mesma: “começamos mal!”