quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Apagão de Mão-de-obra Qualificada

Na contramão da história, o Brasil pode perder sua grande oportunidade sucesso no cenário mundial.

Hoje, dia 16 de Fevereiro, li um artigo no qual Gumae Carvalho, editor da revista Melhor – Gestão Pessoas, publicação oficial da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional), fala sobre o “Apagão de mão-de-obra qualificada” no Brasil. Achei curiosa a metáfora, pois ela me fez lembrar do caos causado pelos apagões de energia. Primeiro ri, mas logo o sorriso deu lugar às rugas de preocupação.

Coincidentemente, nesta semana que vai de 14 a 19 de fevereiro, O Jornal Nacional, que vai ao ar pela TV Globo, está apresentando uma série de reportagens sobre a falta de profissionais qualificados no mercado de trabalho brasileiro. Muitas empresas precisam contratar pessoas capacitados, mas não encontram.

Outro fato citado por Gumae: a importação de talentos para trabalhar no Brasil apresenta tendência de crescimento. Isso é preocupante e significa que temos empregos de alto nível, mas não temos trabalhadores à altura para ocupá-los. A propósito, um dos programas da série do Jornal Nacional, exibido no dia 15, cita o repatriamento de diversos operários brasileiros, os dekasseguis, que estavam há anos trabalhando no Japão e perderam seus empregos com a crise mundial de 2008, que atingiu duramente a indústria japonesa.


Ao mesmo tempo, vários países europeus e os Estados Unidos apresentam abundância de profissionais qualificados que perderam seus empregos em virtude da crise de 2008. Conclusão: faltam empregos, mas sobram profissionais capacitados. A saída desses profissionais para trabalhar em países emergentes como o Brasil é um fato incontestável.

Portanto, sem muito esforço, tais circunstâncias podem levar a duas conclusões e uma pergunta:

  1. O povo brasileiro não foi devidamente preparado para o desenvolvimento, uma vez que a educação é colocada em segundo plano pelo governo há décadas.
  2. O Brasil pode perder a grande oportunidade de se tornar uma potência independente por falta de recursos humanos.
Quando é que teremos uma política séria e eficaz de educação nesse país?


Fontes

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